Entra em beco sai em beco, não tem jeito. Quem por aqui fica tem que balançar de algum jeito. Balança o pé, a mão, o saco de confete e serpentina. Tem que entrar na dança?
Ouvi dizer que ninguém é de ninguém, mas que ninguém está completamente só na multidão... Nessa cidade veneziana (provinciana), onde todo mundo é de Oxum e todo mundo se conhece.
O Carnaval de Salvador não é a 8ª maravilha, nem está perto disso...
"Um bolo onde nada combina com nada". As cordas não combinam com os blocos, a violência não combina com o espírito da coisa, enquanto uns pisam em ruas fétidas outros têm uma visão privilegiada ao sobrevoar de helicóptero as ruas da agonia. Nem seu nome "co-diz" os donos da Festa. Alah, Alah! Alah, Dodô e Osmar.
Mas não vamos ser saudosistas e chatos para lamentar o fato de não ter comido a melhor parte do bolo, nem ter vivido o melhor da história, não é mesmo? Pois como disse minha finada tia Glorinha, no auge dos seus setenta e poucos, em uma constatação sabiamente fatalista para justificar seu momento bucólico de felicidade: "Quem tá na roça é pra roçar". E quem está no Carnaval...
Há de ter uma saída.
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