terça-feira, 12 de maio de 2009
Diariamente
A rotina não me fascina, não me impulsiona nem me domina - Levanta, se arruma, encara, estuda, se alimenta de tudo o que está ao redor e depois, começa tudo outra vez...
Diariamente, tem que ser diferente. É preciso sair, chegar aonde nunca se imaginou e voltar constante, por inteiro, de malas prontas para um passado que está presente.
No percusso de tantas mudanças cabe uma breve, semi-breve, pausa para o reencontro. A expectativa de um retorno a um lugar comum, onde o vínculo maior é quase secular dispersa a nuvem de anseios e deveres da poluição urbana. Mas ela não demora a pairar sobre a cabeça. Ela não é passageira, as viagens e os reencontros são...
Dias e semanas se misturam em cálculos mal feitos por quem não tem uma boa relação com números e sim com palavras: enunciados ditos e não ditos pronunciam o discurso que estimula o pensar. E palavras são pensadas antes de serem ditas e ditas para depois se pensar. No meu caso, penso mais nas palavras do que as digo, e quando digo não são exatamente como as penso...Isso deveria ser mais complexo do que a relação com números - pares, ímpares, primos ou não - eles são o que são. É regra, de fato.
Há dias tudo saiu do previsto. E isso não é um problema. Apenas demorei a perceber que o que me parecia mais um inesperado convite a uma futura rotina traçada pela lógica seria o encontro com o que jamais me fora apresentado de tal forma e que, não por acaso, precisava encontrar.
Diariamente, para mim, é diferente ao acordar ou, simplesmente ao não dormir... Levantei cedo sem hesitar, curei o sono antes da primeira xícara de café, deixei que tomassem a rédeas dos meus afazeres, mudei o itinerário, e senti vontade de escrever.
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